O encontrei em meio a escuridão, com medo, cansado, perdido em um mundo confuso.
Eu esticava minha mão, tentava puxa-lo para perto de mim. Aos poucos ele se mostrava um pouco.
Tentei tanto que um dia ele estava inteiramente por perto. Só então percebi o problema.
O meu anjo negro tinha as asas machucadas.
Suas lindas e delicadas asas escuras pingavam um tom carmim que era de cortar o coração.
Tentei lipar suas feridas, os medo em seus olhos gelados me segurou.
Tentei entender como ele havia chegado ali, seus gestos me faziam recuar.
Com calma, recolhi cada lagrima, entendi cada passo.
As gotas prateadas q saiam de meu olhos se misturavam as gotas vermelhas que saiam de suas asas, formando um tom que só nós viamos.
Limpei cada ferida, quando era necessario, emprestava minhas asas para que ele saisse, e ele sempre voltava.
Passava noites em claro, para que as feridas não voltassem.
Fiz tudo certo, menos em um detalhe : me apeguei e deixei que ele entendesse meu coração. Um bem tão machucado, com feridas que não param de sangrar nunca. Perdi mais sangue!
Um dia acordei de um sono leve e meu anjo estava curado. Fiquei maravilhada com a cena: meu anjo negro abrindo suas asas, como se fosse me proteger de todo o perigo que sempre me assombra.
Meu lindo anjo negro foi até a beira de nossos abismo, me olhou com lagrimas nos olhos e voou.
Tentei ir ao seu encontro, mas ao levantar percebi o pior!
Agora minhas asas pingavam o vermelho vivo de antes, não senti dor, pois estou acostumada as sensações de um coração ferido.
Tudo o que me resta fazer agora é esperar, observar de longe meu lindo anjo negro voar, esperando o dia que ele vai voltar ou que minhas asas vão se curar.
Eu o observo de longe, mesmo sem ele saber! Algumas vezes o chamo, sem uma resposta que faça realmente sentido.
I miss my hell angel...
- I'll turn it off